23/02/2023
MEIO AMBIENTE
Brasil é exemplo na reciclagem de embalagens de agro defensivos

Há mais de 20 anos um sistema de logística reversa tem garantido o destino correto de milhares de

Brasil é um dos principais produtores de grãos e proteína animal do mundo e exemplo quando o assunto é a reciclagem de embalagens de agro defensivos. No país, há mais de 20 anos é realizado o sistema de logística reversa que garante a destinação correta para as embalagens utilizadas no campo, que ao serem recicladas acabam se transformando em itens utilizados na construção civil, como eletrodutos.

 

 

A reciclagem das embalagens de defensivos em Mato Grosso é o tema do episódio 12 do MT Sustentável desta semana.

 

 

Em Mato Grosso existem hoje 34 centrais de recebimento de embalagens de agro defensivos. Nelas são feitas a separação por tipo de plástico e depois as embalagens são prensadas. Conforme Sidnei Schaffer, engenheiro agrônomo e responsável técnico pela central localizada em Campo Novo do Parecis, a maior concentração de recebimento ocorre entre os meses de janeiro e julho.

 

 

“O que era problema na propriedade virou solução e hoje somos exemplo para outros setores que precisam fazer a logística reversa, o gerenciamento dos resíduos sólidos”, comenta Schaffer.

 

Na propriedade em que o gestor de suprimentos Douglas Chiamulera trabalha, localizada na região do Chapadão do Parecis, um local exclusivo foi construído para guardar as embalagens, todo cercado com tela para evitar a entrada de animais ou aves, como indica a legislação.

 

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As embalagens, pontua Chiamulera, ficam armazenadas no local até serem levadas para a central de coleta. “A gente acaba já rasgando, perfurando a embalagem, até mesmo para evitar a reutilização. A embalagem química aqui na nossa propriedade é feita a tríplice lavagem e dado o descarte correto que é necessário pra ela”.

 

Cada elo da cadeia produtiva tem uma responsabilidade

 

Essa logística reversa, chamada de Sistema Campo Limpo, é gerida pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InPev). Cada elo da cadeia produtiva tem uma responsabilidade. Aos agricultores cabe, lavar, armazenar, devolver e comprovar a devolução. Às revendas e cooperativas providenciar e indicar o local de recebimento além de emitir comprovante de devolução.

 

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Já para a indústria fabricante, a responsabilidade é retirar as embalagens das unidades de recebimento e dar correta destinação final. E por fim o poder público que é quem fiscaliza o cumprimento das responsabilidades e licencia as unidades de recebimento.

 

Desde que iniciou em 2002, já foram recolhidas aproximadamente 700 mil toneladas de embalagens em todo o paísMato Grosso é o estado que mais recolhe, responde por 25% do total. No ano passado foram recolhidas 14,7 mil toneladas.

 

Do campo à construção civil

 

Quando chegam na indústria as embalagens passam por nova lavagem, depois são trituradas e transformadas em pellets, que é esta resina granulada. É ela que abastece as máquinas corrugadoras para fabricação dos eletrodutos de vários tamanhos, produzidos em uma indústria localizada em Cuiabá.

 

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Antes de serem comercializados passam por vários testes para ver se estão de acordo com as normas da ABNT.

 

Na indústria, localizada em Cuiabá, todos os processos são sustentáveis. A água é 100% reutilizada. A energia elétrica é oriunda de fontes renováveis e o carbono é neutralizado através do plantio de árvores. O cuidado com o meio ambiente virou case de sustentabilidade e foi mostrado ao mundo na COP26, realizada em 2021 na Escócia.

 

 

“Nós optamos pela diferenciação do produto, que é a sustentabilidade. Para nós, uma empresa de Mato Grosso, de médio porte, foi uma relevância muito grande mostrar que Mato Grosso trabalha com sustentabilidade”, pontua o diretor da Plastibras, Adilson Valera Ruiz.




Autor: EDITORIA
Fonte: CANAL RURAL













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