04/01/2023
FLORESTA
A demanda de madeira deve quadruplicar nos próximos anos

A demanda de madeira deve quadruplicar

 

Para aqueles que desejam realizar um bom investimento, árvores pode ser uma opção. A demanda de madeiras nobres vem apresentando crescimento e a tendência é que o mercado se amplie nos próximos anos, principalmente devido aos segmentos moveleiro e da construção civil. 

 

Segundo o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) em entrevista ao Canal Rural, atualmente, no Brasil são extraídos 11,45 milhões de metros cúbicos de madeira tropical oriunda de florestas naturais, que é predatório e ilegal. O SFB prevê que, com o aumento da proteção contra desmatamentos de florestas naturais, haverá uma redução de 64% da oferta até 2030. Deste modo, neste mesmo período a demanda de madeira deve quadruplicar, chegando a 21 milhões de metros cúbicos ao ano.

 

Apagão Florestal se refere a redução de áreas privadas para produção e extração de madeiras devido a pressões na Amazônia e, consequentemente, o aumento na demanda por madeiras nobres serradas.

 

Demanda de madeira nobre

 

O mercado de madeira nobre para construção naval, indústria moveleira, construção civil, pisos laminados, postes e mourões, entre outros produtos; também se mostra em ascensão. Atualmente o Brasil extrai aproximadamente 11 milhões de metros cúbicos de madeira de florestas nativas e este número deverá cair para 5 milhões até 2030 devido ao Apagão Florestal. Ao mesmo tempo, a demanda aumentará para 21 milhões gerando, assim, um déficit de 16 milhões de metros cúbicos de madeira até 2030.

 

Desse modo, haverá um aumento natural dos preços da madeira nobre devido a queda na produção. Apesar da estimativa desse aumento do preço ser em 2030, já foi registrado pelo IBGE um crescimento de 16,6% no ano atingindo conforme registrado no relatório PEVS de 2017. Para que seja possível atender essa demanda futura seria necessário a partir de hoje, serem plantados 50.000 hectares de florestas para produção de madeira dura tropical todos os anos, desconsiderando a demanda de madeira para energia.

 

Porém, vale lembrar que, como as florestas nobres apresentam tempo de crescimento mais lento, requerem um período maior para atingir a maturidade biológica que corresponde a formação do cerne da árvore, a parte dura da madeira. Por isso, essas florestas são consideradas investimentos de longo prazo para formação de patrimônio.

 

Diante deste cenário e tempo de maturação para produção de madeira nobre, há uma janela de oportunidades para atender uma demanda latente até 2030 para formação de novos plantios.

 

Uma oportunidade para plantios de florestas nobres, por exemplo, vem da demanda das construções civis que desejam ter a certificação LEED (em inglês: Leadership in Energy and Environmental Design). LEED é um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações utilizado em mais de 160 países, e possui o intuito de incentivar a transformação dos projetos, obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações.

 

Entre as exigências para obter a LEED, está o uso de materiais sustentáveis, ou seja, toda a madeira nobre a ser usada na construção deve comprovar a procedência de sua extração. Isso ajuda a aumentar ainda mais a demanda de florestas nobres.

 

Demanda de Madeira Nobre na Alemanha

 

Em relação à demanda do mercado internacional, a Alemanha o país europeu com o maior consumo de madeira tropical (anualmente € 9,4 bilhões) e segundo maior produtor (anualmente € 7,3 bilhões) de móveis de madeira. Per capita anual da Alemanha consumo de móveis de madeira é de € 118, perdendo apenas para Luxemburgo entre os países europeus, de acordo com a Revista da Madeira. 

 

Essa alta demanda vinda do mercado europeu, principalmente da Alemanha, gerou polêmicas por serem acusados de comprar madeira ilegal. Por essa causa, a União Europeia criou uma legislação destinada a banir produtos madeireiros ilegais do mercado europeu, conhecida como Regulamentação da União Europeia sobre Madeira (EU Timber Regulation), e disponibilizou um website com informações sobre as várias áreas de políticas FLEGT e atividades em países parceiros para combater a extração ilegal de madeira.

 

Essas implicações legais são excelentes oportunidades para os produtores de madeira tropical, principalmente para aumentar as vendas para a Alemanha e outros países europeus. 

 

Em qual árvore nobre devo investir para suprir a demanda de madeira?

 

Entre as árvores nobres, indicamos o Mogno Africano (Khaya grandifoliolapor causa de inúmeras vantagens. Por exemplo, o mercado de madeiras tropicais duras apresenta uma tendência geral de aumento do preço do m³.

 

Conforme o relatório divulgado pelo The International Tropical Timber Organization (ITTO), a madeira de Mogno Africano seca ao livre que em 2099 era negociada a 595 euros o m³, passou a ser comercializada por 1239 euros o m³ em 2022, apresentando uma valorização durante o período de 108,24%.

 

Esses valores correspondem a madeira serrada comercializada nas espessuras 25 a 100mm x 150mm up x 2.4mm up.

 

*Informações obtidas em julho/2022.

 

Além da questão do alto valor agregado da matéria final (madeira serrada), outros aspectos que potencializam o Mogno Africano no Brasil são:

  • Tecnologia: a silvicultura é avançada no Brasil e somado a transferência de tecnologia de manejo dos Mognos realizados na Austrália, houve impulso na produção;
  • Adaptação: vários novos projetos florestais de Mogno Africano foram implantados devido a adaptação da espécie em várias regiões do Brasil;
  • Produtividade: o Brasil é o país mais produtivo no segmento florestal do mundo;
  • Alto valor agregado em pequenas áreas: projetos de implantação de 5 a 10 hectares por ano possuem viabilidade para atuar na exportação, seja da madeira em toras ou serrada.

 

Lucratividade do Mogno Africano

 

Em relação a lucratividade, cada hectare de Mogno Africano em boas condições pode gerar a partir de meio milhão de reais. É importante destacar que grandes projetos de implantação possuem maior chance para atuar na exportação, seja da madeira em toras ou serrada.

 

Vale também ressaltar que a garantia do retorno financeiro somente acontece se forem realizadas corretamente as atividades desde o preparo do solo, plantio e cuidados das mudas até seu “pegamento” e todas as demais atividades previstas no projeto florestal. Nesse ponto, ter um técnico responsável é essencial para o sucesso do negócio florestal. Este profissional irá realizar as visitas a campo periodicamente, indicar as correções necessárias, elaborar cronogramas e operacionalizar todo o projeto.

 

Quem já está nesta corrida?

 

Um dos escritores mais lidos no Brasil, com mais de 25 milhões de livros vendidos, Augusto Cury pode ser considerado um ótimo farejador para boas oportunidades. Além de escritor, Cury é psiquiatra, empreendedor e também é investidor de Mogno Africano. 

 

“Reflorestar uma grande área é um sonho, um dever como produtor rural e figura pública, e a escolha do Mogno Africano foi muito estratégica”, diz Cury em entrevista ao Globo Rural. A escolha foi estratégica, pois o Mogno Africano é o atual “ouro verde” e tem despertado interesse de muitos investidores por seu alto rendimento a longo prazo. 

Tendo em vista esse rendimento, Cury plantou cerca de 600 hectares da árvore há dez anos. “Acreditamos que seja um bom investimento. Além de ajudar a natureza, acreditamos no potencial rendimento da madeira”, disse Cláudia Cury, agrônoma, filha do escritor e responsável pela administração da plantação em entrevista ao UOL. 

Quer seguir o exemplo do Augusto Cury e investir em Mogno Africano? Comece seu projeto baixando a nossa planilha modelo de investimento. 




Autor: IBF Londrina/PR
Fonte: Instituto Brasileiro de Floresta











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