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Produtividade brasileira de milho encosta nos líderes mundiais

11 de março de 2016

 

 

Em 2015/16, o país semeou apenas 3,3 milhões de hectares no mesmo período do ano. O resultado, quando se olha para a produção, é surpreendente.

 

Enquanto na primeira safra dos anos 1990 o volume produzido foi de 20,5 milhões de toneladas na região centro-sul, o da safra atual -com apenas 35% da área utilizada em relação à daquele período- é maior e atinge 22,5 milhões.

 

Esses números ficam mais claros quando se olha para a divulgação feita pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) nesta quinta-feira (10).

 

O Brasil, completamente fora da realidade mundial há alguns anos, quando se tratava de milho, caminha a passos largos para chegar ao patamar de produtividade dos principais líderes.

A produção do cereal em Mato Grosso do Sul, por exemplo, atingiu 9 toneladas, em média, por hectare na safra 2015/16.

 

Um recorde para o Estado, mas que tem área bem menor do que a dos principais produtores nacionais, como o Rio Grande do Sul e Minas Gerais (860 mil hectares cada um).

Esse volume se aproxima da produção média dos Estados Unidos, que fica próxima de 10 toneladas por hectare. Em alguns Estados norte-americanos, no entanto, a produtividade se eleva para 13 toneladas.

 

Na União Europeia, considerando a média dos países do bloco, a média de produção é de 7 toneladas por hectare. A média brasileira para a safra de verão é de 5,7 toneladas por hectare.

 

A mudança

 

Novas variedades de milho colocadas no mercado e produtores mais "profissionais" nesse setor puxaram a produção média brasileira para cima.

 

Em algumas regiões do Estado do Paraná, líder no passado na produção do cereal, a produtividade chega a 12 toneladas por hectare.

 

As novas tecnologias adotadas pelos produtores nas lavouras e uma demanda crescente pelo cereal, tanto no mercado interno como no externo, dão sustentação a essa evolução da produtividade.

 

A safra de verão, um período mais produtivo do que o da safra de inverno em várias regiões, perde espaço em área, mas ganha em volume.

 

A valorização da soja nos últimos anos fez com que os produtores dessem prioridade à oleaginosa na safra de verão, em detrimento da cultura do milho.

 

Mesmo assim, o aumento de produtividade compensou boa parte dessa queda da área semeada.

 

Nos últimos 15 anos, a área de milho caiu 46% no país durante a safra de verão, enquanto a produção teve queda de apenas 21% no período.

 

O Paraná é o exemplo mais representativo nessa mudança de comportamento dos produtores. No início dos anos 2000, o Estado utilizava 1,85 milhão de hectares para produzir milho no verão. Nesta safra, foram apenas 425 mil hectares.

 

Os dados desta quinta-feira da Conab indicam área total de milho no país -nas duas safras- de 15,5 milhões de hectares e uma produção de 83,5 milhões de toneladas.

 

A produção total de grãos deverá atingir 210,3 milhões de toneladas na safra 2015/16. A soja lidera, com 101,2 milhões de toneladas.

 

 

Fonte: CAMPO VIVO / Folha de São Paulo

 

 

   
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